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Valorizando a Educação


Convido o leitor a uma pequena viagem no tempo, época em que uma empresa de alimentos lançou uma campanha de muito sucesso que jogava uma dúvida no ar: se um de seus produtos vendia mais por ser fresquinho ou se era fresquinho por vender mais.

Vocês podem estar se perguntando o que este texto sobre Educação Espírita tem em comum com uma campanha publicitária antiga e, antes que o querido leitor abandone a leitura, vou ao ponto pretendido com a “sessão nostalgia”. Fazendo uma analogia com a questão da propaganda, convido-os a uma reflexão: o trabalho de educação espírita infantojuvenil é desvalorizado porque tem poucos trabalhadores ou tem poucos trabalhadores porque é desvalorizado?

Não é o pessimismo que move esta colocação, mas a necessidade de encararmos as dificuldades em busca de melhorias. - nessas mais de duas décadas vejo-as surgirem, o que me deixa muito feliz, contudo, ainda há muito a ser realizado se quisermos verificar os efeitos positivos do trabalho voltado aos mais novos.

A maioria das Casas Espíritas possuem trabalho para crianças, dizem muitos. Porém, ouso afirmar que muitas delas possuem um espaço onde os pequenos são cuidados para que os adultos assistam confortavelmente suas reuniões. Nesse ambiente, cujo objetivo é “tomar conta” das crianças, não há um planejamento de trabalho, de temas pautados na base doutrinária ou avaliação das atividades com vistas a melhorias. Mas, vejamos o lado positivo: este pode ser o embrião do trabalho de educação propriamente dito.

Cada vez que me encontro com os tarefeiros do setor noto o grande amor que colocam no desenvolvimento da tarefa. Vejo ainda a vontade de fazer o melhor possível para que as crianças sintam-se bem e gostem das reuniões.

Paralelamente a toda essa boa vontade percebe-se a grande rotatividade dos trabalhadores, dificultando o desenvolvimento da tarefa. Mais do que isso, é comum as Casas Espíritas encerrarem as atividades por falta de trabalhador (e outros motivos), sem ao menos ter o cuidado de indicar aos pais e educandos uma casa próxima para que eles continuem tendo contato com a Doutrina Espírita. Cabe aqui mais uma pergunta: se fosse outra área da instituição o trabalho seria encerrado tão facilmente ou seria buscada uma solução para que a tarefa não fosse interrompida?

Cada vez mais fica evidente que a Educação é base de uma vida melhor para todas as pessoas, para a sociedade, para o mundo. Se a educação formal tem o poder de fazer algo tão positivo para o planeta, o que dizer da Educação Espírita, voltada a lapidar os espíritos em um reinício da caminhada, em uma nova encarnação?

Muitas pessoas chegam aos Centros Espíritas banhadas pelas lágrimas, em busca de um lenitivo para suas dores e, em contato com a doutrina, afirmam que teriam sido mais felizes se houvessem conhecido a mensagem espírita há mais tempo. Ouvimos isso continuamente e repetimos em nossas palestras, em nossas conversas com outros companheiros de ideal. Por que então não mudar esse quadro e aumentar a possibilidade de uma vida mais tranquila e equilibrada?

Uma das formas é nos empenharmos para que as crianças, desde a mais tenra idade, tenham acesso à Doutrina Espírita (em toda sua base), entendendo-a e praticando em seu dia-a-dia. Eis um dos trabalhos que merecem atenção especial por parte do movimento espírita e, para tanto, estamos a postos para auxiliar no que for preciso.

Uma das maneiras é criar canais de discussão em busca de soluções para os desafios que envolvem o setor. Quem sabe assim, em um tempo breve poderemos ver o setor e os trabalhadores mais valorizados e motivados a executar a estratégica tarefa de educar à luz da Doutrina Espírita.

Vamos pensar no assunto?

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